Vamos andar de BluMob?

Quando comecei a ‘criar juízo’, passei a andar de ônibus sozinho. Morando em Gaspar, na época gostava de ir com um primo até o Bela Vista para pegar o Rodovel que fazia a linha 507 do sistema integrado de Blumenau. Após chegarmos no Terminal Fonte, passávamos a tarde circulando através dos demais terminais pagando apenas uma passagem. Isso não era tão ‘comum’, mas fizemos umas quatro vezes nos idos de 2006 e 2007.

Na época, fazia questão de andar com veículos e linhas diferentes, então pude conhecer todos os cantos de Blumenau com Glória, Rodovel e Verde Vale, que operavam desde Marcopolo Torino GV sobre Volvo B58 ECO (os mais antigos na ocasião) até Comil Svelto IV / Mercedes-Benz O-500M (os mais recentes). Ao longo dos anos seguintes, andei menos vezes com o transporte coletivo. Isto devido ao trabalho e demais prioridades.

Pouco mais de sete anos após o início das operações da BluMob – já chegando em 2024 -, ainda não havia andado com nenhum veículo da empresa. Sendo assim, me apressei quando foi anunciada a renovação parcial da frota. A tal renovação – antecipada em quase um ano – traria trinta novos ônibus, tirando de operação – além de quinze veículos de chassis Mercedes-Benz OF-1721 BT5 – as quinze únicas unidades Volvo B270F a operarem na empresa. Queria andar no modelo e precisaria me preparar para fazê-lo durante a semana, já que os referidos veículos somente rodavam em dias úteis.

Vamos para a Fonte

Voltando de uma consulta médica, quase chegando nas imediações do Terminal Fonte, lembrei da iminente renovação de frota e decidi aproveitar o fim da tarde para resolver esta ‘importante questão’. Algum tempo antes havia registrado o carro 9136 operando a linha Troncal 15 das 15:00, então me apressei para acessar a plataforma o mais rápido possível. Ajudado pela cobradora – que me deu troco maior do que o permitido – consegui correr um pouco e embarcar a tempo no veículo.

Em cerca de 20 minutos de viagem, chegamos ao Terminal Fortaleza. Essa viagem é bastante movimentada, com muitos embarques e desembarques ao longo do percurso. O veículo saiu da Fonte cheio e chegou na Fortaleza da mesma maneira.

Chegando na Fortaleza

Após desembarcar, uma pausa para planejar o restante do passeio. Para não ser tão óbvio, não queria voltar de Troncal 15 no sentido oposto. As duas opções que me vieram à mente foram as linhas 300 e 616. Com a 300, poderia ir para os terminais Aterro, Água Verde ou Velha; enquanto com a 616 iria para a Proeb. As duas linhas tinham saída por volta de 15:50, então haveria tempo para ir ao banheiro e comer um pastel com refrigerante antes de decidir.

Considerando o meu tempo reduzido, resolvi pegar a 606 mesmo. Desta forma o passeio não seria tão longo. Isto porque eu ainda teria compromissos em seguida.

O trajeto da linha 616 foi tranquilo, houveram alguns desembarques e um único embarque. O ‘simpático’ 9502 cruzou a Rua 25 de Julho, em seguida acessou a Rua 25 de Agosto e chegou, por fim, à Rua 25 de Setembro… Digo, Dois de Setembro. Logo estávamos na Proeb.

Proeb, o ‘outro’ terminal central

Muito movimento no Terminal Proeb. Este sempre me deu a impressão de ser um dispositivo subutilizado, que poderia dividir algumas das linhas baseadas na Fonte. Como não tenho conhecimento de causa no momento, fico no ‘achismo’ mesmo. De todo modo, bastante movimento tanto no sentido Velha quanto no sentido Fonte, além das linhas alimentadoras da região.

Decidi embarcar no primeiro Volvo que viesse – lembrando do objetivo inicial desta ‘missão’ -, e que estivesse a caminho da Fonte. Em poucos minutos, apontou o 9134 na Troncal 31. O veículo chegou cheio, mas imaginei que muita gente desembarcaria na Proeb. Estava enganado. Mesmo cheio, optei por embarcar sentido Fonte. Diferente do 9136 – que estava bem silencioso -, o 9134 fazia um barulho forte quando freava. Mas freava!

Enquanto o ônibus cortava a Rua Sete de Setembro, lotado, pensava naqueles passageiros que usam o transporte coletivo todos os dias. Se o Volvo já estava lotado, o que dizer de seus futuros substitutos, veículos menores e mais ‘fracos’ de motor?

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